sábado, 8 de dezembro de 2012

PREPAREM O CAMINHO DO SENHOR!


9 de dezembro: 2º domingo do Advento

Advento é tempo de se converter a Deus, de lhe preparar o caminho, de endireitar as estradas pelas quais ele vem.

O evangelho nos mostra que a palavra de Deus se encarna na história humana e, em João Batista, se anuncia como profecia. Ecoam então as palavras do profeta Isaías. Uma profecia que João Batista traduz, convocando todos a um batismo de conversão para o perdão dos pecados.

Para além do gesto ritual do batismo, a pregação de João Batista supunha o desejo sincero de se converter, de mudar de vida. E mudar de vida supõe mudar de mentalidade, para que a conversão não seja apenas exterior, mas toque nosso coração, nossas atitudes.

Neste tempo em que aguardamos o Natal do Senhor, somos convidados a preparar-lhe o caminho, endireitando estradas cheias de obstáculos. Há guerras e conflitos a enfrentar com a justiça, há fome de pão a combater com a partilha, há sede de vida a saciar com a solidariedade.

Endireitar as estradas é permitir que o Senhor entre em nossa vida e nos transforme. E então o mundo se transformará. “E todos verão a salvação de Deus”, pois Jesus não veio para um grupo privilegiado de pessoas. Veio para chamar os pecadores a assumir a missão que ele mesmo assumiu, de recriar o mundo segundo o projeto de vida de Deus.

A caminhada de conversão supõe, por sua vez, discernimento constante. E o pedido de Paulo aos filipenses (1,9-11) mostra que conseguimos discernir o que é melhor para Deus e sua obra de vida (e, consequentemente, o que é melhor para nós) à medida que crescemos no amor mútuo.
Preparemo-nos, portanto, para o Natal do Senhor crescendo no amor, colhendo os frutos da justiça que Jesus nos traz. Ao mesmo tempo, preparando seu caminho e cuidando melhor desta terra, para que lhe possamos oferecer nossos próprios frutos de conversão.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

sábado, 1 de dezembro de 2012

Uma visita muito esperada


2 de dezembro – 1º DOMINGO DO ADVENTO

Iniciamos um tempo especial no calendário litúrgico: o Advento. A palavra advento quer dizer chegada, vinda. Na experiência de fé, existencialmente, esse período se caracteriza pela espera vigilante. Uma visita muito esperada está para chegar. Trata-se de visita desejada, querida. Portanto, é tempo de alegria. As promessas de Deus estão para se realizar. Para o cristão, a visita é Jesus. Ele é a realização plena das promessas.

A comunidade cristã vive sobre o signo da esperança. O Advento é justamente marcado pela esperança que supera todo o medo. Seu núcleo fundamental é a certeza de que, mesmo num mundo marcado pela violência e por fatos negativos, há um horizonte seguro e feliz para o povo de Deus. Portanto, é um tempo para entusiasmar. É a hora que nos torna repletos de Deus. É o momento de ser férteis, geradores de alegria, harmonia, paz. É tempo de unir.

Como toda esperança, o Advento direciona nosso olhar para o futuro. Não um futuro distante. “Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra” (Jr 33,15). Essa promessa proferida pela boca do profeta Jeremias vale para o “Novo Israel”, que é a Igreja.

Deus mesmo toma a iniciativa de vir ao encontro de seu povo. A justiça é uma iniciativa dele. Porém não exime o compromisso humano. “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis” (Lc 21,34). Daí a necessidade de preparação. O Advento é o momento de organizar a casa da vida. Não permitir que nossos corações fiquem insensíveis hoje diz respeito à vigilância necessária para que o “deus” mercado não tome o lugar do Deus verdadeiro, sobretudo neste período de forte apelo comercial. O deus mercado é ídolo de morte. Ele esvazia a existência.

Esperemos o Senhor numa vigilância alegre. Esperemos superando nossa visão, por vezes, míope. A palavra do Senhor nos faça perceber as novas luzes que brilham no hoje da história e nos ilumine em meio à barulheira de um mundo agitado e turbulento. Esperemos no amor: “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais” (1Ts 3,12).

Somos quais terra fértil, porém seca. Necessitamos da chuva do céu. Deus confirme em nosso coração a mesma alegria do vigia que aguarda a aurora do novo dia.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

JESUS É REI


Jesus é rei, mas não como os reis deste mundo. É poderoso, mas não como os poderosos deste mundo. Ele manda, mas não como os chefes que geralmente vemos por aí. O seu reino não tem nada que ver com ameaçar as pessoas para que cumpram nossos desejos.
Jesus gosta de ver as pessoas livres, pois não é possível forçar o amor. O decreto dele, como rei, é este: Vocês devem se amar. Desse decreto do rei Jesus há muitas consequências: quem ama cuida, como um bom pastor cuida de suas ovelhas; quem ama perdoa, não apenas sete vezes, mas quantas vezes for preciso; quem ama divide o que tem com os mais necessitados; quem ama procura a melhor maneira e o momento mais adequado para repreender alguém que está fazendo o mal a si e aos outros; quem ama dá até a vida, se for preciso. O único imposto que o rei Jesus pede aos que querem fazer parte do seu reino é buscar viver o amor. E, de fato, quem ama de verdade se sente obrigado a fazer o bem.
Sendo assim, toda vez que celebramos a grande festa de Cristo Rei, devemos lembrar ao menos três coisas. A primeira delas é que Jesus é forte, é poderoso, não se deixa dominar pelas forças do mundo que explora, violenta e até mata inocentes para satisfazer o desejo de poder e riqueza a qualquer custo.
A segunda é que Jesus usa sua força e poder de maneira totalmente diferente desses poderosos. A força dele e de seus discípulos não está nas armas, nem no dinheiro, nem no prestígio, nem na fama. A força, a autoridade de Jesus e de seus discípulos, está em servir, em se fazer pequeno para que todos tenham vida.
A terceira coisa que devemos lembrar ao celebrarmos a grande festa de Jesus, nosso rei, é que devemos usar a autoridade que temos do mesmo jeito que ele usou. Quem tem alguma responsabilidade na comunidade, no trabalho ou em casa, se quer ser bom discípulo de Jesus, só pode usar a autoridade para servir os irmãos, para fazer o bem. Quem usa a autoridade para humilhar os outros, pisar nas pessoas mais simples, está se colocando longe do caminho de Jesus, e longe dele não podemos encontrar a felicidade. O reino de Jesus não é do mundo do ódio, da violência, mas do mundo da solidariedade e da vida, de muita vida para todos.
Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Crisma acontece neste fim de semana


Nos dias 10 e 11 de próximo, Dom Valdeci estará em Magalhães de Almeida para presidir a Missa de Confirmação dos crismandos de nossa paróquia. As palestras com os crismandos e padrinhos acontecerão no sábado, dia 10, às 14h em Magalhães de Almeida e às 16h na comunidade Melancias.

No dia seguinte, 11, serão realizadas as solenidades de Confirmação. Pela manhã, Missa na comunidade Melancias e a noite em Magalhães de Almeida, na Igreja Mãe do Salvador. Além dos catequizandos da sede e da comunidade Melancias, serão crismados jovens das comunidades Porto de Melancias, Canaã e Alto do Cedro.

Os jovens estão se preparando há dois anos. A última Crisma realizada na Paróquia foi em novembro de 2010.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Jovens celebram Dia Nacional da Juventude


A juventude católica de Magalhães de Almeida se reuniu na comunidade Melancias para celebrar o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que teve como tema: Juventude e vida, e como lema: Qual vida vale a pena ser vivida? O evento foi realizado entre os dias 27 e 28 de outubro e contou com caminhada, oficinas, atividades religiosas, esportivas e culturais. 

Aproximadamente 150 jovens estiveram presentes no evento. Participaram cinco grupos da paróquia: Ministério Jovem da RCC, Alto do Cedro, Melancias, Bacuri e Aninga e ainda um grupo da comunidade Santa Maria da Paróquia de São Bernardo. Ao todo

O encerramento foi coroado com a celebração da Santa Eucaristia, presidida pelo Pe. Isaque Marques. Após a Missa ocorreu a premiação dos vencedores do jogos socyetes e da gincana.







quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Paróquia celebrará Dia Nacional da Juventude


Os jovens católicos de Magalhães de Almeida celebram, entre os dias 27 e 28 de outubro, na comunidade Melancias, o Dia Nacional da Juventude. O DNJ deste ano tem como tema: "Juventude e vida" e como lema: "Qual vida vale a pena ser vivida".

O evento contará com uma vasta programação que inclui atividades religiosas, esportivas, formação e cultura. A abertura, dia 27, será com uma caminhada, às 8h da manhã, com todos os jovens participantes. O encerramento será com a Eucaristia na praça da Igreja. Além dos jovens de grupo, podem participar outros jovens, no entanto terão que participar da programação completa.

Informações na Secretaria Paroquial. Fone: (98) 3483-1239

Confira a programação do DNJ 2012

DIA 27 - SÁBADO
07h00min – CHEGADA DOS GRUPOS NA LANCHONETE QUE FICA NA ENTRADA DO POVOADO – ANIMAÇÃO NO LOCAL, ACOLHIDA E CAFÉ DA MANHÃ.
07h30min – CAMINHADA PARA O COLÉGIO ANTÔNIO BATISTA VIEIRA
08h30min – INÍCIO DAS OFICINAS NO COLÉGIO
12h00min – ALMOÇO
15h00min – REALIZAÇÃO DO TORNEIO DE FUTEBOL SOCYTE MASCULINO
19h30min – NOITE CULTURAL – PEÇAS TEATRAIS, MÚSICA. (NO SOCIAL CLUB)
22h30min – VIGÍLIA (NO SOCIAL CLUB)
00h00min – REPOUSAR
DIA 28 – DOMINGO
08h00min – GINCANA BÍBLICA EM MARCOS, E CONHECIMENTOS GERAIS ATUAIS. (NO SOCIAL CLUB)
12h00min – ALMOÇO
15h30min – FUTEBOL MASCULINO (no estádio)
17h30min – FUTEBOL FEMININO (no estádio)
19h30min -  EUCARISTIA
21h00min – PREMIAÇÃO DOS CAMPEÕES DO DNJ 2012.
22h00min – RETORNO PARA CASA 

domingo, 30 de setembro de 2012

Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo


O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo. 

A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política.


Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75).

A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem.

A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção.

O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.

As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política?

A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria!
Brasília, 27 de setembro de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisárioda Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Dom José Belisárioda Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Novo telefone da secretaria paroquial

Informamos a todos que o telefone da secretaria paroquial agora é (98) 3483-1239.

Horário de atendimento

De segunda a sexta-feira: Manhã - 08h às 11h30 / tarde - 14 às 17h30

Sábado: 08h às 11h30

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Carta aberta ao Povo do Maranhão – Eleições 2012 da CNBB Regional NE V

Por ocasião da I Etapa do Curso de Doutrina Social da Igreja, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Regional NE V – Pastorais Sociais, publicou Carta aberta ao Povo do Maranhão com orientações sobre as eleições municipais de 2012. O documento é assinado por Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana e referencial das Pastorais Sociais no Maranhão.
A Carta foi lida e discutida durante a Formação em Políticas Públicas e Controle Social. O documento traduz um pouco do que a Igreja pensa sobre este importante moneto da democracia, levando em considerção as mazelas e anseios do povo maranhense. É muito importante que seja lida por todos os cidadãos, em especial os cristãos católicos.
Leia a íntegra da Carta aberta ao Povo do Maranhão – Eleições 2012, da CNBB Regional NE V

"Caríssimos irmãos e irmãs, saudações em Cristo Jesus Libertador! Dentre as bem-aventuranças o Senhor fez questão de colocar a felicidade, que nos vem pela ‘fome e sede de justiça’, assim como pela ‘promoção da paz’ que atraem sobre todos, saciedade e filiação divina (cf.: Mt 5, 6.9). Tendo em vista o momento político-eleitoral que vivemos, as Pastorais Sociais do Regional Nordeste 5, vem a público trazer uma reflexão que ajude na tomada de consciência da responsabilidade de cidadãos cristãos, com o futuro das administrações e vereanças no Estado do Maranhão.

Não haveremos de estranhar que a nossa fé nos leve a assumir atitudes em defesa do bem comum, da justiça e do direito, mesmo em se tratando de política, pois o Papa Paulo VI já dizia que “a política é uma maneira exigente – se bem que não seja a única – de viver o compromisso cristão, ao serviço dos outros” (Octogesima adveniens, 46). O Papa Bento XVI diz que “A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Deve inserir-se nela pela via da argumentação racional e deve despertar as forças espirituais, sem as quais a justiça, que sempre requer renúncias também, não poderá afirmar-se nem prosperar. (...) Mas toca à Igreja, e profundamente, o empenhar-se pela justiça trabalhando para a abertura da inteligência e da vontade às exigências do bem. (Deus caritas est, 28). Os bispos do Brasil, dizem: “Incentive-se cada vez mais a participação social e política dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e instituições...” e “como cidadãos cristãos, cabe nos empenharmos na busca de políticas públicas que ofereçam as condições necessárias ao bem-estar de pessoas, famílias e povos” (DGAE, 115 e 116).

A nossa contribuição para que as eleições se caracterizem como uso da liberdade de escolha feito pelo povo, sem manipulações, se deu pela formação da consciência crítica diante da realidade, pelo incentivo às organizações sociais e pela participação efetiva em Conselhos e mecanismos de transparência e controle social. Contudo, um marco importante foi a Lei 9.840/1999, de iniciativa popular, onde o apoio da Igreja foi necessário para sua realização. Diz a referida Lei contra Corrupção Eleitoral: “...constitui captação de sufrágio, vedada por esta lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de 1.000 a 50.000 UFIRs, e cassação do registro ou do diploma...”. A denúncia desses crimes é papel da sociedade organizada ou de cada cidadão ou cidadã, que devem encontrar na promotoria e na justiça eleitoral, a força do cumprimento da Lei, apesar de ser notório no período eleitoral, os movimentos da justiça no que tange à transferência de juízes e promotores de várias comarcas do Maranhão e isso nos inquieta por não sabermos as razões, se por necessidade ou conveniência de forças ocultas.

A corrupção não é de nossos dias somente, assim como os enfrentamentos não são só dos nossos tempos. O profeta Amós já dizia: “Porque vendem o justo por prata e o indigente por um par de sandálias” (Am 2,6) e ainda “Ouvi isto, vós que esmagais o indigente e quereis eliminar os pobres da terra, vós que dizeis: ‘Quando passará a lua nova...para comprarmos o fraco com prata e o indigente por um par de sandálias’...” (Am 8,4-6). Também hoje se faz necessário levantar a voz, em praça pública em bom som e na imprensa escrita, falada, televisionada e virtual contra a compra e a venda de voto e o uso da maquina administrativa nos municípios em favor de aliados, inclusive através do uso, e por vezes da coerção, de funcionários públicos para fazerem campanha em favor de candidatos, desequilibrando o embate político. Demos um basta à corrupção eleitoral. Pois voto não tem preço tem conseqüência. Não sejamos filhos da precisão, mas da promissão do voto consciente e da dignidade da vida, da moralidade pública e do bem comum.

Lei da Ficha Limpa ou Lei Complementar 135/2010 está ajudando na idoneidade dos candidatos, pois “proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar”, afugentando da gestão pública e do poder de legislar quem cometeu ato de improbidade administrativa. Mas, cabe-nos a responsabilidade de contribuirmos ainda mais com as nossas lutas evitando votar em pessoas que praticam o Trabalho Escravo em suas propriedades, os que se dizem proprietários de grande quantidade de terras e impedem a Reforma Agrária e ainda mais se apropriam das terras dos Nabotes de hoje (cf.: 2Rs 21,1-24), as pessoas apoiadas pelas grandes empresas e empreendimentos voltados para o agronegócio, e grupos políticos que só pensam em si mesmos. Assim como não preferir os que já demonstraram não ter compromissos com os Quilombolas, com a preservação do meio ambiente, com os povos Indígenas, com os pescadores e lavradores, com a educação e ocupação juvenil, com a saúde e a assistência social; bem como saneamento básico, segurança e superação da violência e das drogas.

Para construirmos a sociedade que queremos, a 5ª Semana Social Brasileira que viveremos no ano que vem, já nos dá indicação a partir de seu tema: “Um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do bem viver”. É bom que nos demos conta, que as eleições municipais deste ano norteiam as eleições de 2014. Por isso, é muito importante percebermos as alianças, as forças políticas e os políticos que se apresentam como candidatos, e descobrirmos a quem estão ligados e quem os apoiam, quem está no palanque hoje para serem apoiados amanhã, atrelando e assumindo compromissos, fazendo do povo noiva prometida em casamento. Não nos deixemos amarrar pelos que querem se perpetuar no poder de qualquer jeito. Defendamos nossa liberdade de escolha e agucemos nossa capacidade crítica de antever os conchavos para as próximas eleições.

Na construção do Novo Estado é de suma importância passarmos da democracia representativa para a participativa, onde não simplesmente elegemos pessoas e delegamos a elas nosso poder (cracia) de povo (demo), para nos representarem, mas continuemos participando do mandato através de conselhos e da presença ativa nas sessões das Câmaras de Vereadores(as), assim como no planejamento e na execução de ações do Executivo, na linha do controle e da transparência. Deve ser do nosso interesse saber quanto entra na Prefeitura, como é aplicado o dinheiro público e fazer questão de conferir as prestações de contas que deverão ser expostas para controle da população. O orçamento participativo é uma forma ousada de participação cidadã, onde as pessoas tomam parte nas decisões vinculadas à administração do município, podendo exigir atitudes diante dos problemas em prol do bem comum.

Aos candidatos e partidários, cabos eleitorais, advertimos que não façam deste período eleitoral tempo de rivalidades e de ódio, nem ofendam a dignidade das pessoas, nem abusem dos horários de propaganda, respeitando o silêncio, até mesmo o sono reparador que todos têm direito, mas que os embates sejam em nível de ideias e propostas, que ajudem na compreensão por parte dos eleitores das verdadeiras intenções e compromissos de candidatos. Aos eleitores terminamos dizendo que voto consciente, faz votar diferente e que o sonho coletivo do bem comum, fica cada vez mais perto da gente. O momento político impõe sobre nós grandes responsabilidades sobre o destino de nossos municípios. Portanto, irmãos e irmãs, continuemos no discernimento rumo às eleições e não deleguemos a ninguém nossa capacidade de escolha, nem nos deixemos condicionar por falsas promessas ou por opiniões depreciativas sobre candidatos. Contribuamos com muita consciência, provocando reflexão em grupo, em casa, no ambiente de trabalho, respeitando as opiniões e clareando nosso horizonte de escolha. Boas eleições!"

Julho de 2012 Por ocasião do Curso de Doutrina Social da Igreja – I Etapa
Dom Sebastião Lima Duarte
Bispo de Viana e Referencial das Pastorais Sociais

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Paróquia promove abaixo assinado em apoio ao projeto de lei que visa assegurar mais recursos para a saúde

A Paróquia Santo Antônio está engajada no apoio ao projeto de lei de iniciativa popular que visa assegurar o mínimo de 10% das receitas brutas da União para a saúde pública. As assinaturas estão sendo colhidas nas comunidades, nos setores da sede e na secretaria paroquial. Por se tratar de uma lei de iniciativa da sociedade, é necessário recolher pelo menos 1% de assinaturas do eleitorado nacional, como determina a Constituição Federal, o que corresponde a aproximadamente1,5 milhão de eleitores. No formulário é necessário constar os dados do título eleitoral para comprovar que o cidadão é de fato eleitor e evitar duplicidade.

Além de fixar o percentual mínimo de 10% das receitas brutas da União com a nova lei, o Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública exige transparência e correta aplicação desses recursos no Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo o justo financiamento e evitando a privatização da saúde.

Essa ação também se projeta como um grande gesto concreto da campanha da fraternidade deste ano, que trata da questão da saúde. Participe desta corrente e exerça seu papel de cidadão e de cristão, contribuindo para a defesa da saúde pública e da qualidade de vida do nosso povo.

A exemplo da Lei da Ficha Limpa e da Lei de Combate à Corrupção Eleitoral, esse projeto de lei tem o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Também outras 60 entidades da sociedade civil está apoiando a iniciativa. As assinaturas devem ser encaminhadas até o final de outubro às entidades que estão recolhendo. Depois, o documento será enviado ao Congresso Nacional, para ser debatido nas comissões e entrar na pauta de votação. Caso seja aprovado, o Governo Federal terá de injetar pelo menos mais R$ 33,5 bilhões na saúde.

No início deste ano, foi sancionada a Lei Complementar n° 141, de 13 de janeiro de 2012, que define o valor mínimo de 15% para os municípios aplicarem na saúde e 12% para os estados. No entanto, para a União não foi definido um percentual mínimo. O valor é calculado com base no orçamento anterior mais o acréscimo do PIB e a inflação do ano anterior. Este ano a pasta da saúde sofreu um corte de R$ 5 bilhões, ficando com R$ 72,1 bilhões. Esse total corresponderia, segundo especialistas, a 7% das receitas correntes brutas da União. Em 2011, o percentual ficou em apenas 4%.

Quanto ao percentual PIB, o Brasil aplica 3,8%, somando as três esferas (União, Estados e Municípios). Segundo a Organização Mundial de Saúde o mínimo deveria ser de 5,5 do PIB, totalizando um acréscimo de R$ 60 bilhões aos R$ 162 bilhões gastos no ano passado.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pastoral da Criança é reativada na Paróquia



A coordenadora diocesana da Pastoral da Criança, Irmã Adiles, esteve ontem na nossa paróquia para recomeçar os trabalhos dessa importante pastoral. Ela se reuniu no centro catequético juntamente com o Pe. Oriosvaldo, antigos líderes e novos voluntários.

Irmã Adiles já foi coordenadora estadual da Pastoral da Criança durante oito anos e assumiu a coordenação diocesana no dia primeiro de agosto.

Para um primeiro momento já ficou acertada uma capacitação com os novos voluntários, ministrada pelo antigo coordenador paroquial, João Moura. A capacitação deverá acontecer no dia 23 de agosto.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mensagem de Dom Valdeci sobre as Eleições Municipais 2012



MITRA DIOCESANA DE BREJO
Praça Benedito Leite, 166, Centro Fone: (98) 3472-1151
CEP: 65.520-000  Brejo – MA - Brasil



                                                                    “O bom pastor dá sua vida por suas ovelhas”. (Jo 10, 11)


Mensagem sobre as Eleições Municipais 2012

                                                                                                         

Caríssimos padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas,


Dada a importância da política como bem comum e das eleições como parte do processo democrático, quero expressar algumas idéias sobre este acontecimento tão importante para a sociedade democrática.
Estamos nos aproximando das eleições municipais onde somos chamado(as)s de maneira específica a exercer nossa cidadania através do voto, escolhendo de forma consciente nossos representantes. Diz o papa Bento XVI: “em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito que também é dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum” (mensagem do papa aos bispos do Maranhão Regional Nordeste V por ocasião da visita ao Vaticano dia 28/10/2010).
O exercício da cidadania nos leva a refletir e pedir que o Espírito de Deus nos ajude a ter critérios para escolha dos nossos candidatos, como diz a mensagem da CNBB sobre as eleições municipais de 2012. “Os candidatos devem ter seu histórico de coerência de vida e discurso político referendado pela honestidade, competência, transparência e vontade de servir ao bem comum. Os valores éticos devem ser o farol a orientar os eleitos em contínuo diálogo entre poder local e suas comunidades”.
A mensagem da CNBB nos alerta também para as leis de iniciativa popular. “Ajuda-nos nesta tarefa instrumentos como a lei 9.840/1999, fruto da iniciativa popular que se organizou para combater a corrupção eleitoral e a compra de votos e a lei 135/2010, conhecida como lei da ‘Ficha Limpa’, cuja constitucionalidade foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Aos eleitores cabe ficarem de olhos abertos para a ficha dos candidatos e espera-se da sociedade a mobilização, como já ocorre em vários lugares, explicitando a necessidade de a ‘Ficha Limpa’ ser aplicada também aos cargos comissionados para uma maior consolidação da democracia. Desta forma, dá-se importante passo para pôr fim a corrupção que envergonha o nosso país”.
Sendo a política uma forma democrática que nos oferece esperança para construir uma sociedade justa, é normal que desperte em nós a vontade de participar ativamente do processo eletivo. Aos padres, religiosos e religiosas cabe observar o cânon 285 e dialogar com o bispo, mas, ao mesmo tempo compete aos mesmos orientar os nossos leigos e leigas, daí a importância de proporcionar estudo sobre Fé e Política, debate dos candidatos tanto do executivo quanto do legislativo, trazendo temas como: saúde, educação, segurança, trabalho, habitação, saneamento básico, ecologia, leis ambientais do município e outros.
Às nossas lideranças leigas que exercem um cargo diante das pastorais, comunidades, grupos e movimentos, cabe se perguntarem: Por que ser candidato? É simplesmente por vontade minha? A minha decisão passou por uma discussão de base? O que me motivou a ser candidato? Quero defender apenas meus interesses e da minha igreja? Tenho consciência de que meu compromisso é com toda população do município? A minha prática e testemunho como liderança deve ter um peso ético, coerente, pautado na prática da justiça e entranhado pelo Espírito que conduziu Jesus de Nazaré (Lc 4, 14-21).
Sendo a política um bem comum acredito que nossas lideranças deverão estar abertas para discutir as questões municipais com todos os segmentos da sociedade. Sendo assim, assumir uma candidatura seja no executivo ou legislativo exige empenho e disponibilidade. Consciente desta responsabilidade aconselho nossas lideranças que concorrem a um cargo eletivo em 2012 a licenciar-se da função que lhe foi confiada pela comunidade eclesial, para assim, poderem dedicar-se com maior empenho na sua campanha eleitoral com mais liberdade e abertura para toda realidade municipal.
A todos aqueles e aquelas que se colocam nesta disponibilidade para concorrer nas eleições municipais de 2012 quero desejar que de fato assuma a sua missão de cristão e cristã no empenho por uma sociedade justa e fraterna em defesa da vida, “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).

Com as bênçãos de Deus!

                                                                                                                     Brejo, 03 de julho de 2012



                               Dom José Valdeci Santos Mendes
                                   Bispo da Diocese de Brejo